A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) informa que existem, hoje, em operação 439 centrais nucleares, distribuídas por 30 países, gerando cerca de 14% do total da energia eléctrica do mundo. Considerada como “energia limpa” e segura, a agência estima a sua ampliação nos próximos anos, mas especialistas afirmam que o fantasma de Chernobyl não deve se afastar completamente devido ao medo e ao desconhecimento que a população na sua maioria tem em relação ao tema.
O acidente da central nuclear de Chernobyl, aconteceu na Ucrânia no início da madrugada do dia 26 de Abril de 1986. Além dos trabalhadores que morreram nos dias seguintes ao acidente por intensa exposição à radiação depois de trabalhar no local, a região regista até hoje um aumento na incidência dos casos de pessoa que contraem cancro. Há duas teorias oficiais, mas contraditórias, sobre a causa do acidente. A primeira foi publicada em Agosto de 1986 e atribuiu a culpa, exclusivamente, aos operadores da central. A segunda teoria foi publicada em 1991 e atribuiu o acidente a defeitos no reactor RBMK.
Hoje em dia, o facto de os operadores das centrais nucleares serem extremamente bem qualificados, ter havido o aperfeiçoamento da tecnologia e dos utensílios usados nas centrais nucleares bem como as medidas de segurança tomadas torna as centrais nucleares muito seguras.
Especialistas consideram a probabilidade de acontecer um acidente numa central nuclear igual à probabilidade de um avião cair. O que revela que a probabilidade é baixa, só que, como num acidente nuclear pode haver liberação de radiação no meio ambiente, as consequências são muito piores. A tragédia adquire proporções catastróficas e os impactos ocorrerão por centenas de anos. As causas podem ser muito variadas, como por exemplo: um terramoto, um ataque terrorista, uma falha humana ou mecânica. Estes são apenas alguns dos problemas imprevistos que já acarretaram grandes acidentes nucleares.
Apesar dos riscos, a criação de energia eléctrica por centrais nucleares no mundo aumentou 75% entre 1986 e 2007, alcançando cerca de 2600 bilhões de kW/h. Até 2030, a AIEA estima que esse valor pode triplicar, uma vez que outros 43 países manifestaram interesse recentemente gerar energia por fenómenos nucleares.
A agência aponta que esse aumento deve-se principalmente a três factores: o aumento da demanda global por energia, a volatilidade dos preços dos combustíveis fósseis e o interesse em fontes de energias “limpas”. A central nuclear enquadra se nessa classificação porque não altera a qualidade do ar, não influencia na acidez da chuva e não emite dióxido de carbono. No entanto crescem as dúvidas sobre o futuro dos chamados dejectos nucleares que são os componentes gerados pelas centrais nucleares que não possuem mais condição de uso, mas ainda assim apresentam radioactividade…
Descobre como uma central nuclear funciona com a explicação, que não demora mais de 3 minutos, deste simpático senhor:
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